quinta-feira, 21 de julho de 2011

Cumplicidade


Morrerei

Morrerei sóbria e profundamente. Com
o coração desavisado, a alma casta
De amor e de medo

E há de ficar um vazio solene em tua porta
A manchar esperanças
Remoer duras ausências

Teus
Serão os anseios, as noites mal dormidas
e o meu beijo irreal me fará morar em tua estante,
eternamente

Até que em algum desespero da vida, aos prantos
Tu morras também

Há de morrer casto, lentamente
De amor ou medo

Michellle Portugal

2 comentários:

  1. Lindo, me remeteu a Shakespeare! Show! Tudo de bom, muita inspiração e paz! Beijos
    André Anlub

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  2. Nossa!

    Muito obrigada, André. Feliz estou. Beijo e paz, Poeta!

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