Morrerei
Morrerei sóbria e profundamente. Com
o coração desavisado, a alma casta
De amor e de medo
E há de ficar um vazio solene em tua porta
A manchar esperanças
Remoer duras ausências
Teus
Serão os anseios, as noites mal dormidas
e o meu beijo irreal me fará morar em tua estante,
eternamente
Até que em algum desespero da vida, aos prantos
Tu morras também
Há de morrer casto, lentamente
De amor ou medo
Michellle Portugal